sexta-feira, 22 de outubro de 2021

"Na minha terra gorgeia sabiás....

Pensar em grande potências mundiais como Estados Unidos, França e Inglaterra me leva a pensar em oásis. Um  mundo de aparências como bem descrevia Balzac sobre Paris. Países cenários como esses tem históricos exploradores e com razão, vendedores de cultura, vitrine do mundo.

Os Estados Unidos, França e Inglaterra e outras potências europeias  vêm mantendo suas posições, ainda que aos trancos, nesses dois últimos séculos. Mas um o caso dos Estados Unidos é o que mais me atrai para descrever já que como brasileiro, percebo a  enorme influência que o país recebe de fora, sobretudo dos americanos nesses último século. 

Na época do império, o Rio era capital do Brasil, assim tudo o que chegava de fora, sobretudo na cultura era importado da França. Depois das guerras mundiais, os States perceberam como poderiam se firmarem como grande potência mundial, já que com o desenvolvimento robusto, perceberam que poderiam se estabelecer vendendo o american way of life. A indústria de hollywood e o mercado musical exportavam sua cultura e enriqueciam com isso. O Estabelecimento dos estados unidos como detentores de armas nucleares após a  destruição quase que completa do Japão e outros países, e o  dolar como moeda mudial e a sua língua. Assim começa um domínio, pela cultura, depois econômico. Depois do FMI, bancos mudiais e reconstrução da Europa, os States tornaram-se a grande potência militar e economica do mundo. Criando guerras e tensões mundiais, e um morticínio, e dassim vendendo uma imagem de guerreiros e salvadores mundiais, país religioso que tem sua constituição baseada nos valores mais puros da humanidade, sendo abhraam linconl o guru, o retrato do país. . Um povo da liberdade.  Porém por dentro, não era bem assim. Como os grandes escritores franceses falavam de Paris, a capita ldo glamour, que atraia gente de todo mundo em busca ddo sonho de ser famoso e encontrar artistas. Paris foi a meca da cultura por anos, era essa imagem de Paris, mas o que os sábios escritores frances descreviam bem a podridão de paris, a pais do submundo e da corrupção dos personagens, da desilusão, mas com seus heróis já sem fôlego, sem ganas para enfrentar o grande monstro que era Paris.


A partir daí os brasileiros passaram a ser esmagados pela cultura americana com a chegada da TV, o trabalho intenso na indústria, o capitalismo cheio de regras baseado na produção em massa. Assim chegou o fast food a coca cola e o cinema e a música americana. 

OS estados Unidos vibravam como vitrine emergente mundial. Os cariocas já não usavam roupas sociais pelas ruas cariocas do centro : seus chapéus, cartolas, ternos impecáveis. O que se via era todos de camisa batida social e calças jeans. Sua música encantadora e seus filmes vendiam o sonho americano para o mundo: quem não viu os grandes mocinhos dos filmes de bang bang, a beleza americana e sua pose de guerreiro.

O Brasil se rendeu a cultura yanke. Os telejornais sempre noticiando os Estados Unidos como a terra prometida.  Assim os brasileiros e os seus primos latinos vivendo no campo e depois se aglomerando nas cidades, esmagados pela exploração do trabalho das empresas americanas instaladas  e pelo controle político do qual faziam os países periféricos  se submeterem, eram estimulados a rumarem ao paraíso onde trabalhando duro comprariam, trabalho e eletrônico, uma vida tranquila e segura, assim como o funcionalismo público brasileiro. Legal ou ilegalmente, os imigrantes fizeram suas vidas, tiveram seus filhos, e seus filhos se orgulham da nacionalidade americana. 


A partir daí, uma visão enviesada e desenfreada bradava "invasão dos imigrantes" . Esse movimento foi ganhando adeptos, pois a crença na raça pura, o outro como bárbaro, o forasteiro, o alien com outros hábitos culturais devia ser expulso , mesmo os que se adaptam as leis. Assim, o movimento contraditório chegou a política,  e o país vendedor de sonho, grita por um muro, uma segregação, enquanto a indústria, as bigtechs e hollywood  sugando grande parte do capital mundial pela exploração e destruição  das culturas, enriquecem  e fazem propaganda do país como a vitrine do mundial, a grande potência, os mais poderosos, e pedem que imigrantes não entrem no pais e queiram viver. 







domingo, 19 de setembro de 2021

Mundo da quantidade descartável

Os relacionamentos hoje em dia são temporários. Dificilmente se vê algo duradouro como nos tempos antigos. No mundo moderno a objetificação da pessoa  está entranhada na sociedade de consumo cujo objetivo é ter e não ser.  O desejo está entranhado em sociedade. O desejo só existe quando há dificuldade, quando há uma luta para alcançar esse desejo. A mulher quer ser desejada e sabe que para alguém conquistá-la, esta deve dificultar o máximo, pois caso o homem consiga facilmente fisgá-la, ele certamente vai largá-la.  

Até que num momento oportuno, depois de cansar o macho, ela aceita, abre o coração e se entrega ao macho, depois das tentativas fracassadas do pretendente. No entanto, envolvido pelo desejos de conquista e logo depois arrefecimento, esse pretendente enjoa, e termina a relação assim como o desejo de consumo. 

O desejo de consumo na sociedade por exemplo, quando alguém trabalha duro para ter um carro, por exemplo. Depois de um ano de sua conquista , ele já não quer mais aquele quer em que ele trabalhou por cinco anos sem férias. Aquele desejo que a sociedade criou nele para que assim alcançasse sua felicidade.  Depois de alcançada, ele busca outro objeto de desejo até que essa busca é infinita e consome o próprio ser que vê a felicidade no objeto e transporta esse desejo de consumo para relações pessoais, para desejo sexual, onde a mulher vira um objeto de consumo dos homens.


A falta de relações profunda com outro é algo corriqueiro na sociedade de consumo. Relação humanas são objetos descartáveis. O desejo impulsiona a vida. O desejo é perigoso se não controlado. As religiões vem alertando há milhares de anos. O desejo descontrolado é destruidor, causa guerras, brigas intermináveis, ódio... 


O mestre Guenon descreveu esse mundo como um mundo da quantidade e não da qualidade. Todos são descartáveis, não importa. Assim como os lixos largados no meio ambiente ao ar livre, é uma imagem da sociedade. Garrafas de vidro, plástico, conteiners, lixo , todos consumidos e largados na terra, contaminando o ambiente onde o homem tira seu alimento. Vivemos nessa sujeirada...



sábado, 11 de setembro de 2021

diálogo entre amigos e metáforas

 -Acredito que  a maluquice é geral..

- não é bem assim, nem todo são mlaucos..

Será que vou ter que avisar ou pedir licença quando eu uso uma metáfora?

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Diário, resumo das circunstâcias da vida, isolamento, resistência..

 Olhando para trás da minha vida na terra, vejo que pela minha timidez e por ser uma pessoa mais reservada,  e minhas circunstâncias. Por exemplo os trabalhos que participei já não eram tão agradáveis  assim,( ainda tentava me encontrar, esses trabalhos e as pessoas não combinavam com minha forma de ser, sentia que faltava algo...), além disso assim como as amizades, era assim restritas, e na maioria das vezes pessoas na qual eu não me identificava. Se observarmos a carreira de artista e esportistas em geral, ela é  rodeadas de amizades boas e ruins, mas o que você tem aí é uma rede de relações que no futuro será importante para construção de um futuro.

 Assim como encontrar uma companheira para compartilhar os momentos. Torna uma tarefa díficil. Ficava isolado do meu mundo, como um gandula.


Há também o lugar que estudou ou que fez curso. Estudei numa universidade particular isolada, com algumas poucas pessoas que não dava um oi. Isolamento total.

Havia também jacarepaguá para se isolar mais ainda. Um bairro de família, onde não há movimentos de jovens e atividades, no máximo atividade nas igrejas. Jacarepaguá é um lugar maravilhoso; arborizado, sem confusão, mas ainda assim muito pacato. Muita gente de terceira idade. Quando se anda pelas ruas só se vê terceira idade espalhados pelos mercados, padarias e bares. Em jacarepaguá não há movimentos e bares, havia, mas isso foi de época...

Tudo isso me isolou. E muitas vezes, há um impulso de me conformar com isso e escolher o que vier na minha vida e me conformar( mais a frente o arrependimento e a infelicidade), pois o acesso a mim é restrito, já que não tenho um ciclo de amigos grande , tampouco uma rede de contatos, acaba sendo vencido pleo cansaso. ,mas resisto... Somente quando decidi me abrir mais ,participando de eventos de carnavais na cidade pude conhecer um monte de gente e vi que havia esperança nesse 1 porcento.

As viagens também me fizeram ter esperança e respirar, sentir me no meu metiê. 


Minha luta é sair desse isolamento,, talvez não imposto por mim somente, mas pela fornça das circunstancias sobre mim...

E o tempo tem passado rápido, acelerado mais pela pandemia..


quinta-feira, 20 de maio de 2021

Sobre os livros de Luis Lavelle

 EM suas obras, Lavelle parte do ponto de vista oriental para criticar o ocidental, por exemplo,  sofrer, o ego e penetra profundamente no ser quando entra na psiqué humana e os obstáculos da vida encontrado pelo homem moderno, fazendo a junção entre todos os laços que unem o universal, a visão espiritual do ocidente e do ocidente. Assim encontra o equilíbrio necessário para a purificação do homem, a sua redenção, o super homem. 

Na obra "O mal e o sofrimento", distingue o sofrimento físico e o  mental ressaltando a dor física como um estado efêmero, e o mental duradouro. Para minimizar ou exterminar a dor seria necessário o reconhecimento dela para eliminá-la na sua raiz e forças para  superá-la, só assim sendo capaz ade encontrar o alívio e a paz.

Em sua obra, "o erro de Narcíso", ele mergulha na mitologia para encontrar a feiura e a malvadeza humana disfarçada de beleza, ou seja, sendo o ego, a soberba e a vaidade quando narciso vê sua imagem nas águas e se apaixona. Essas são uma das causas dos males humanos,..

Já no estudo do ser mias filosófico, o autor traça um paralelo com os ensinamentos orientais e até ocidentais gregos, do conhecimento de si mesmo e de sua participação na realidade do mundo e contrapões com o abstratismo cientificista. O escritor trabalha com a dictomina parte e o todo, o ser universal e o ser individual, a humildade do ser sobretudo, refletida em cristo.

Luis lavelle trabalha com o paradoxos e antíteses, típico dos grandes escritores e conhecimentos tradicionais. Suas obras são um legado inestimável para o leitor e para interpretação do mundo e do ser.





segunda-feira, 17 de maio de 2021

as desavenças das palavras ate as vias de fato

As discussões e as tragédias podem ocorrer devido a interpretação e o mau uso das palavras. Quando alguém escolhe uma palavra errada, não expressa bem, ou de maneira rude quer impor seu pensamento, as desavenças pode resultar em morte.

Um pequeno exemplo ilustra esse fato. Certa vez li no facebook um comentário sobre uma postagem que perguntava se alguém conhecia alguma formação em permacultura, a nova forma de viver no meio ambiente de maneira sustentável.

Alguém respondeu que era irrelevante. Pronto, isso foi o stopim para discussão. Cada um dava o seu ponto de vista sobre se a formação era importante ou não, até chegar a troca de farpas e ninguém se entendia. Uma disputa entre opiniões que não levaria a nada.


Seguramente que se o comentário sobre fazer uma formação fosse de que a formação não seria necessária e obrigatória, pois na permacultura não é ainda uma prática estabelecida na sociedade, está crescendo, há pouca formação, então os conhecimentos passam de boca em boca ou uma formação autodidata. 

Há uma diferença quando dizemos que para atuar  na medicina se precisa obrigatóriamente de cursar uma universidade, apesar de exitir países onde muitos não têm formações e trabalham como médico.


O poder da expressão, muitas vezes, causa morte, e a falta de educação e leitura  ou o sentimentos de raiva e ódio podem aumentar as tensões e fazer um ambiente em paz virar um caos, trazendo guerras...




terça-feira, 11 de maio de 2021

A escola, o hospital e o capital

 A  escola e o hospital seguem a logica de uma fabrica onde se tratam as doenças do mundo moderno. No entanto, nem sempre conseguem tratar, em certos casos acabam aumentando a intensidade da doença.

Ao tentar se aproximar a escola ideal, poderíamos dizer que ela seria uma  fábrica de sabedoria, mas  hoje é a fábrica da ignorância. Digo a maioria, pois uma parte bem pequena ainda salva. E não precisamos ser algum especialista no assunto para analisar a situação atual. A escola deveria preparar para a realidade da vida, os conhecimentos devem se reais e não abstratos e retrógados na medida em que queremos tornar as crianças uns gênio que sabe bem todas a matérias. As escolas , assim como as universidades, vivem isolada da realidade. É uma fábrica de ignorantes! Um exemplo é o ensino de gramática e o desprezo pela língua. O estudante não tem vontade de ir a escola. Os adolescentes saem dali doente.

Por outra lado temos os hospitais que cuidam dos doentes como se fora somente uma matéria cujo tratamento consiste em aplicar os métodos tradicionais, a rotina diária, talvez como uma fábrica onde os trabalhadores da saúde são submetidos ao trabalho intenso que leva ao limite da exaustão. Os doentes são peças enferrujadas pronta para receberem o tratamento elaborado pelo chefão médico saído das classes mais altas da sociedade e abaixo os seus servos da classes baixas pegam no pesado. Assim, em grande parte, os doentes não são consideradas pessoas formada de espírito e carne, e sim uma estatística  a mais onde o dinheiro é quem manda nos profissionais que sente-se contaminados  pelo excesso de trabalho nos hospitais públicos ou pelas altas remunerações no serviço particular tranquilo.

Essas duas instituições parecem que estão doentes e respiram por aparelho.


segunda-feira, 10 de maio de 2021

o veiculo e seu poder

 A relação de poder entre o fortes e os fracos é facilmente vistas pelas ruas do Rio de janeiro. É só tentar atravessar as ruas num sinal fechado ou até mesmo aberto que vemos os veículos sugerindo passar por cima no momento em que aceleram o seu carro ou sua moto, assim utilizam sua força para que o pedestre corra, e o motorista passa tranquilamente pelas ruas sem as "barreiras" e chega logo ao seu destino. O motorista nunca desacelera, só quem atravessa. Também entre carros que não respeitam bicicletas. É como alguém com arma falasse " estou atirando, você que corra se não vai tomar bala". As incursões policiais na favela seguem esse ritual covarde. 

As sinalizações de trânsito não são respeitadas e tampouco fiscalizadas pelo poder publico e assim sem um controle  o campo fica aberto para dominação e abusos dos mais poderosos que fazem suas próprias leis com seus bons advogados...


A cidade do Rio segue a lógica do mais forte , a lógica do egoísmo onde desprezo pelo outro é normal.



quinta-feira, 29 de abril de 2021

petrópolis, a cidade imperial

 Logo após o show da natureza que rodeava a estrada do alto da serra com belíssimas montanhas e vales de verde e céu azul brilhantes, cheguei na fria petrópolis, cidade da família real. Era final da tarde e eu já sentia a temperatura cair, o clima de montanha. Um passeio pela cidade me deu uma impressão que estava em uma cidade imperial, com mansões do século passado, ruas bem alinhadas combinando com a natureza, um certo ar nobre de tranquilidade. As cassas pertenciam as membros da família real, como princesa isabel e condes, além de ricos comerciantes. E pelo centro histórico bem europeu acolhia o viajanbte para sentar num dos bares e restaurantes.  A cidade respirava turismo, mas com as restrições da covid-19, não havia quase ninguém. O vazio e a tranquilidade da vida na cidade é que reinavam pelo lugar


Numa longa via se instalava a antiga família real e os ricos burgueses. Grandes casarões e uma bela igreja do estilo gótico fazia o encontro das ruas. Ali estava a casa imperial que virou museu e ao redor havia hoteis bem aconchegantes.. Esse ar europeu também trazia um tempero alemão que fazia parte da imigração da cidade e os costumes de cerveja e algumas casas. Um ar agradável e de tranquilidade contrastava com a cidade carioca há quase uma hora de distância. Percebia-se que havia um poder aquisitivo alto, via-se jovens e uma certa agitação pela cidade.


O dia seguinte a caminho da serra dos orgãos, deu pra ver ao redor a favelização dos morros. Ali certamente viviam os trabalhadores da cidade. E ao chegar próximo a serra dos órgãos, via-se hortas e plantações numa paisagem de montanhas cobertas por árvores de todoas as cores.

A trilha do parque é bem iniciante, era decorada por árvores grande e média até chegar nas grutas. Atravessava bacias da onde vinha a cachoeirinha do véu da noiva. Um espetáculo de águas que desabava quase sem força e criava as bacias do parque. Não dava para se banhar, pois a queda dágua era sem força, mas tirava-se belas foto da água caindo do alto da pedra. Depois da descidada trailha, deu pra sentir o êxtase da caminhada ao olhar as várias montanhas coloridades de verdes e o céu azulzinhio. 


segunda-feira, 29 de março de 2021

Brasileiros no exterior

 Quando encontrei brasileiros no exterior, senti-os ligado pela ideia da boa vida. O que é a boa vida para eles?


Percebi que o que  norteava a cabeça deles era o ditado da grama do outro é sempre mais verde. Porém, há  sobretudo nos brasileiros residentes no exterior o querer liberta-se da violência, da miséria e da falta de civilidade que os assolavam no Brasil; um alívio estar em "outro mundo" onde sou amigo do rei e teriam as a pessoa que queriam na cama que escolheriam, assim como no poema de Bandeira.


No entanto, a ideia de se instalar na terra redentora aniquilaria também os problemas financeiros e viveria uma vida de tranquilidade. No entanto o que mais acontece é a exploração e assim consigo a ideia de que o melhor é ser explorado que estar no inferno brasileiro. Ali vivem uma vida mais interessada nos bens materiais e trabalham como burros de cara para terem sus aparatos e sua tal tranquilidade numa cidade construída para o turismo em massa, para atração de investimentos, um espaço anti-humano e materialista como a cabeça do brasileiro residente no exterior. Este só tem seu corpo transportado para outro lugar, sua mente continua estacada. Não uma mudança completa no seu lado espiritual. 


As grandes vitrines mundiais como Londres, paris, nova York e Berlin estão sufocadas pela atração em massa de imigrantes que aceleraram a especulação por imóveis, chuvas de investimentos estrangeiros e consequentemente a subida abrutpta dos preços, já que os salários não acompanharam esse aumento.

Assim, o baixo salário do imigrantes contrasta com o custo alto de vida nas cidades. E a exploração que sofria no trabalho servia de consolo para dizer que estava longe do inferno chamado Brasil.





terça-feira, 23 de março de 2021

o mundo cordial transvestido

Os segredos do que existe dentro do homem ficam escondidos. Vivemos num aparente ar de normalidade, a falsa ética chamada assim de realidade. Mas por dentro do ser humano retorce o seu  egoísmo, a raiva o desprezo pelo outro se deixa levar num mundo que ele mesmo deixa se perder, não consegue se controlar.

O homem não semeia das suas virtudes, esquece-se, perdido em meio ao caos e afazeres da vida. Desperdiça a busca pelo seu verdadeiro tesouro.

Esse ar de normalidade de ética que existe entre os homens em sociedade é talvez necessário. Como dizia Moliere através de seus personagens" se expressarmos tudo o que nós sentimos, o mundo seria um caos".  Alguns impactados com a aparência do outro, já haveria um prejulgamento, por exemplo, chamando alguém de gordo ou esquelético. E assim, em defesa do seu próprio ambiente, do seu mundo ideal, uma pessoa xinga a outra por não concordar com atitudes ou comportamento da outra. Se o mundo fosse assim, viveríamos numa eterna guerra. Somos obrigados a viver num ar de cordialidade, apesar da prodridão interna humana. Alguns exaltam o trabalho do amigo, mas por dentro morre de raiva em saber que não é dele e que o outro ganhará mais. Por dentro sua inveja  está dizendo "Que filha da puta!". A inveja está em potência implorando para explodir a qualquer momento como a bomba relógio. Não estamos sendo reais conosco, aprendendo com o outro o que ele conquistou e fez de bom.



Guardamos assim os segredos e através de personagens explicitemos toda  baixeza humana sem dar nome aos bois.

Guardemos os segredos, mas não vamos deixar nossa inveja e egoismo se alimentarem por dentro de nós.






Braços abertos sobre a guanabara

A cidade do Rio era um encontro da águas que vinham de todas as fontes do Brasil, era um esplendor de ideias. Todas as culturas se misturavam: índios,  europa e àfrica. O glamour na era  impérial, o brilhar na época de eferercência das luzes caiocas até meados do século XX. Suas pérolas saiam dessas misturas em um ambiente iluminado pela beleza da cidade inspiradora, bonita por fora. 

Hoje o Rio de Janeiro é lindo por fora e feio por dentro, a cidade sobrevive de seus restos passados, vive em meio aos escombros deixados em ruínas. Apesar de toda miséria, corrupção e violência, ainda existe o brilho da cidade maravilhosa, sorrisos, tranquilidade em meio a tanta violência e degradação.




quinta-feira, 18 de março de 2021

nacionalidade e sua ideia abstrata

 A ideia de nação e nacionalidade é abstrata. Uma terra não é propriedade de um indivíduo, mas sim a quaisquer pessoa  que veio a esse mundo, desde que respeite a ordem que já existia. O mais próximo à ideia de nacionalidade é o amor a terra que cuida e tira seu sustento,  a união das pessoas, as tradições populares e a família. Quando essa realidade deixa de existir, o país se torna refém de homens poderosos que enriquecem a si mesmo e desmontam o valor verdadeiro da relação homem e terra. Há aí uma dualidade homem do campo x cidade. O mundo moderno é quase desprovido de valores, é um mundo confuso...

Se podemos chegar próximo a ideia de nacionalidade, dizemos que se destacam os Estados unidos e a França de antigamente. E a ideia mais longínqua de identidade nacional seria o Brasil.

No Brasil não há uma certa homogeinidade, há sim uma heterogeniadade. È uma terra de dimensões continentais onde vivem vários gruposs separados, não há uma integração e uma coesão entre os brasileiros em busca de um objetivo: o bem-estar de todos. Aqui há o abismo é maior entre a classe rica, sem cultura, e a classe média em geral, e entre a classe média e seus graus há outros elevado abismos. Digamos , pois, que o colégio da classe média alta não será o mesmo da classe média pobre, a partir daí abre o caminho de separação e segregação dos bens sociais. A classe média alta terá bons empregos, a classe média pobre será escrava e submissa. 

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

escritor do mercado X escritor invisível

 Outro dia li a resposta de um tradutor com muitos seguidores para um aprendiz de escritor numa troca de perguntas e resposta no instagram, quando este perguntava se um dia leria sua obra de ficção.  O tradutor foi enfático dizendo que não leria a obra, exceto se fosse um escritor de intermediado pelas editoras e fosse de sucesso. Traduzindo o tradutor: nunca vai ler! Está bem claro que a visão do tradutor é puramente mercadológica, pois as grandes obras demoraram para serem editada, muitas vezes após a morte dos autores.

Pergunto, quem diz que o escritor deve ter uma editora para se tornar famoso? Ele só precisa de pessoas sem a visão mercadológica para lerem suas obras e assim sendo uma mensagem que une os povos. que  espalhem como pólem.n 


Em geral para entrar no mainstream ou esse mercado, devemos estar em contato com a elite cultural do paí conhecendo pessoas influentes, editores, escrever sobre o que rola no momento, a cosmovisão atual de mundo... No Brasil a grande parte esta classe está a mídia e na universidade e a outra parte alternativa se encontra nas mídias sociais, gente com muitos seguidores. Esses tentam a estratégia da publicidade aos mostrarem uma alternativa  ao establishment das universidades e da mídia. Tentando por várias maneiras mudar a perspectiva de opnião. Dando certo, outros os seguem e pegam carona nas novas visões.

São raríssimos os casos em que um autor fora desses meios seletos são publicados.

Sendo assim, um certo desânimo espanta os escritores que querem ganhar dinheiro com suas obras e estes desistem de tal projeto. Outros que escrevem como uma necessidade, ficam a margem da sociedade da escrita, são os invisíveis, assim como os moradores de rua.



sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

O que será a verdadeira liberdade?

 O que será a verdadeira liberdade? será que a gente acredita que tem liberdade ou só vivemos acreditando numa falsa liberdade? a verdadeira liberdade seria próxima ao pássaro?


Importação de políticas de fora e a destruição dos direitos populares

 As instituições ao logo de décadas assim por dizer recebem influências e padrões de fora, embora elas sejam a proteção e reação contra os males , pois muitas dessas disfarçadas em ideologia seguem padrões prontos vindo de fora e assim muitas vezes destroem a soberania de um país.

Não quero debater questões polêmicas como aborto, ideologia de gênero, liberações das drogas, quero discutir o que contamina as instituições de uma forma devastadora criando caos no país como por exemplo, a tal liberdade das big techs, o discurso inflamado, o liberalismo, o comunismo, o tal socialismo, o racismo, políticas defasadas importadas...

O caminho dessa contaminação inicia-se na universidade, nas escolas e quase juntamente na mídia até chegar ao povo por meio desses intermediários. A influência desses meios permeiam a mente da sociedade e assim é aceita por ela com a total passividade, depois de estar entranhada no inconsciente coletivo.


Não é difícil o lixo se alastrar por toda sociedade, pois o mundo globalizado facilita ainda mais essa divulgação. Por trás dessas influências há interesses de grupos bilionários mundiais, alguns se transvestem de ONGS e fundações como bilionários Rockfeller, fundação Ford...


As consequências podem ser devastadoras para sociedade, pois para desfazê-las toda a nação pode pagar um preço alto por isso, pois podem surgir levantes populares contra os governos, uma reação contra classe política desembocando num caos social e político. Essas manifestações podem ser de duas naturezas: um povo esteja a favor das ideologias importadas e assim se revoltam para exigir a implantação delas, mesmo que sejam destruidoras; ou podem se levantar contra a classe política corrompida que absorve políticas e interesses externos clamando por soberania e politica mais igual.

No Brasil, as instituições, por exemplo, absorvem padrões mundiais, um modelo a seguir, o lixo importado ditado por Instituições mundiais ou poderosos bilionários, talvez seja uma latrina do "primeiro mundo"  local de experimentos desses poderosos. Assim há a dialética permanente entre o dominante e o dominado quando as instituições aceitam padrões impopulares para subjugar a população e deixá-la longe do seu poder como povo, o que seria algo mais próximo da democracia. Os três poderes brasileiros são tão distantes de seguir os interesses populares como o sol é de netuno. As instituições são totalmente contrárias a voz popular e trabalham contra a nação e aumentam mais seu poder ditatorial quando aparece uma grande oportunidade como essas, espremendo o povo em qualquer grito por democracia. A voz das instituições utilizam da palavra democracia popular para esconder do povo seus planos e ações. Assim, importam políticas externas baratas, aumentam a burocracia  e se distanciam cada vez mais dos interesses populares no qual sua busca se torna uma ilusão...


O que há no Brasil é um estamento burocrático poderoso, um monstro que se formou com tranquilidade ao longo do tempo  para proteger a si e  seus interesses contra o povo e manter sua vida luxuosa cheio de regalias, assim como os ricos dessa nação onde se privam seus filhos do contato popular e se fecham num mundo particular de colégios caros, condomínios de luxo e omissão consciente da tragédia dos serviços públicos, forçando assim uma desigualdade mais gritante com apoio do poder público e governamental, já que eles são culpados , pois muitas vezes são as vozes que comunicam com o poder governamental e público, por isso possuem advogados que tem contato com as instituições, que são corrompidas, e asim há uma abertura para essa classe, deixando as outras a viver a deus dará...



quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Lembranças do Vidigal

 Subindo pelas ruas estreitas do morro do Vidigal com meu amigo Gonçalo, deu para sentir um pouco a vida paralela dos excluídos da sociedade brasileira, pois não pagam impostos, nem água, luz para o governo, mas sim uma taxa para o tráfico de drogas que mantem a ordem do local.

A parte de baixo da favela já é verdadeiro um caos: moradores subindo e descendo, mototaxis num leva e traz moradores, num ziegue e zague sem e barulhos cada vez mais irritantes dominam as ruas da favela. Parece que a rua das favelas lhes pertencem e o pedestre não tem vez. É um tanto penoso que as motos nos impõem forçando a nos equilibrar por ali, já que não há quase nenhuma calçada de pedestres.

Logo ao subir vimos um negro de costas com uma grande peixeira. E o aviso que não estávamos em local levemente seguro. Olhamos um para o outro, comentamos o fato e começamos a subir até uma vendinha de mercado já quase no meio da favela. Sentamos na encosta do mercado para observar os moradores no seu sobe -desce cotidiano, bebemos algumas cervejas e decidimos voltar, pois estávamos um pouco cansado de um trilha e decidimos retornar outro dia. Quase chegando à base da favela, depois de avistar a linda orla da ipanema e o degradê entre o mar e o céu, meu amigo decidiu comer algo e sentamos num self- service da favela onde havia muitos gringos.  Ali meu amigo se serviu e vimos a mesquinharia da dona em querer cobra a mais por um pedaço de carne que meu amigo pegou.


No segundo dia de favela, já estávamos mais descansados e decididos a subir o morro dois irmãos. Subimos a pé novamente, apesar de haver os mototaxis. Perecemos um alarme e um cara em uma moto, parecia ser um ladrão de motos. Um olhou para outro comentando e seguimos. Chegando ao topo, avistamos o início da trilha com entrada no campo de futebol. Daí chegamos ao topo e contemplamos por um tempo a lida beleza carioca de mar e morros ao redor , a cidade e a favela. Conversamos com uns argentinos e percebemos a chegada de uma atriz numa sessão de fotos. 

Ao deixar a trilha, logo abaixo, nos despedimos dos argentinos estes pegaram os mototaxi e seguimos caminho para descer a pé  o morro da favela. Percebi adolescente espalhados pelo morro, um com fuzil escondido nas costas e o outros mais abaixo no rádio. Essa parte era a base do tráfico de drogas. Descemos rapidamente com um certo receio de sermos parados comentado o que vimos e continuamos até repetir o nosso ritual da primeira subida: comprar algo para beber e observar os moradores subindo e descendo. Anoiteceu e descemos até chegar na saída do vidiga com o carro da polícia parado em frente da favela fazendo a segurança do morro e garantindo a ordem e a paz do tráfico e a tranquilidade carioca na zona sul.




sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

um dia no projeto social

 Esses últimos meses sem trabalho por causa da pandemia, resolvi conhecer um projeto no centro da cidade. Esse projeto atende moradores em situação de rua fazendo cadastro e tirando segunda via de documentos. Fiquei algumas horas observando os voluntários e ajudando a preencher papéis de cadastros para segunda via de documentos. Percebi como tem tanta gente que precisa do poder público, tantos que não tem uma direção e querem ser ajudados e pôr um novo rumo na vida, porém não sabem para onde se orientarem, estão zonzos pelas porradas da vida, os entraves, os descasos  e a burocracia do poder público que fecha os olhos para todos esses problemas.  


São diversas pessoas desabrigadas e orfãos da vida: de adolescentes até idosos. Vivemos presos a vida cotidiana, mas deixamos essas pessoas sem ajuda, sem amparo. E como sabemos, a revolta social se volta contra nós mesmos. 

Antes de particpar da experiência no projeto, estava um tanto que receoso.  Logo chegar, fiquei um tanto tímido e sério, meu jeito mais  quando a mentora do projeto para eu preencher algumas fichas. Minha letra nada boa me trazia preocupações de alguém que não escreve uma frase há tempos nessa era digital. Não sei se ficará legível para o pessoal, mas enfim...

Com meu jeito reservado atendi alguns. Primeiro foi um senhor que eu não conseguia entender o nome, pois acho que não tinha dente e assim eu pedia para ele repetir o nome diversas vezes. Depois, atendi uma colombiana que pedia panos para bordar e um senhor que contou sua história de um pai de dois filhos, abandonado e desempregado que vivia num abrigo na taquara. Depois conheci a saudosa Erica que vivia há muito tempo pelas ruas do centro. Erica era uma negra de grande porte, usava um gorro e uma camiseta, bem articulada e muito inteligente, com voz de homem e jeito. Muito jovem, talvez uns 39 anos, ela gostava de se gabar de sua cultura e enfatizava "Eu fiz segundo grau!". Sabia de política, história e o que passava nas ruas do Rio. Seguramente sabia muito mais sobre a vida do que muitos ricos e milionários no Brasil. Não me parecia ter dependências de drogas. Disse-me que vivia nas ruas desde o presidente FHC. Ela era como uma mãe e orientadora para os moradores de rua. 


Ao lado, havia alguns moradores de rua nordestinos. Esses gostavam de farra. Bebiam sua cachacinha e brincavam o tempo todo. Um desses gritava fazendo chacota de alguns que tentavam entrar na fila de novo e repetir o prato que recebiam dos beneditinos "Mendigo, acabou a comida! " e dava altas gargalhadas após sua fala.


Uma hora chegou um senhor  com rosto cheio de cicatriz levando uma mala de rodinhas que me disse que precisava de advogados e logo iniciou seu discurso raivoso contra o ser humano " Todos só querem dinheiro.." E assim prosseguia seu ódio a humanidade, carregando mágoa e sem ver um horizonte melhor. Sua cara sempre amarrada e de poucos amigos. Dizia que era de alta classe média e que seus imóveis foram tomados pela família. Não sei até que ponto que ele me falava era verdade. Só sei que Só o escutei e deixei desabafar. Em instantes , após conseguir o endereço da defensoria se foi.


Essa experiência para mim foi excepcional. Ouvir realidades da vida, aquelas pessoas invisíveis e suas história me fez sentir um pouco mais humano e me despertar para vida e sua totalidade. Aquelas poucas horas ali naquele projeto me fizeram sentir mais participativo nesse mundo, me tornar mais útil, mesmo que eu esteja ali preenchendo umas papeladas burocráticas a moda antiga. O que esses moradores precisam é carinho e ajuda, alguém que ouça a história  pelo menos tente ajudar, alguém que se interesse pelos problemas que eles passam e os escutem por alguns minutos.





 

 











função da arte

 Quando vejo uma obra de arte, penso qual a função dela: decoração, ou estética, beleza ou a purificação, a cartarsis da qual os gregos diziam. 

A essência da obra de arte é a sua cartarsis, a mudança profunda na alma daquele que a observa e não o puro entretenimento, um divertimento momentâneo. A obra de arte essencial deve ser universal, já que ela deve atingir a todos o públicos, deve fazer uma mudança interna no ser humano e despertá-lo para um novo mundo desconhecido, aquele espiritual. Essa arte deve unir todas as almas e todos os credos, ela é uma terapia, um despertar em busca da luz no meio das trevas que é nossa abstração do dia a dia, a nossa cegueira. 

Muitas vezes o real nos escapa já que estamos distraídos pelos afazeres de vida e a obra de arte deve trazer-nos para vida e fazer com que nós participemos da vida.

Diferente é uma obra bela sem esse valor, uma obra puramente estética com seu valor meramente decorativo como por exemplo, algumas fotografias, pinturas... Elas muitas vezes são belas e enganam qualquer observador sem uma bagagem, um filtro. Essa beleza não alcança a beleza espiritual, aquela das catedrais góticas, das paisagens naturais...


Se comparamos a música clássica de Bach com o pagode por exemplo. Está muito claro aí o que quero dizer com arte espiritual e arte de entretenimento. Por isso pergunto a mim mesmo que cada uma quer atingir?