Subindo pelas ruas estreitas do morro do Vidigal com meu amigo Gonçalo, deu para sentir um pouco a vida paralela dos excluídos da sociedade brasileira, pois não pagam impostos, nem água, luz para o governo, mas sim uma taxa para o tráfico de drogas que mantem a ordem do local.
A parte de baixo da favela já é verdadeiro um caos: moradores subindo e descendo, mototaxis num leva e traz moradores, num ziegue e zague sem e barulhos cada vez mais irritantes dominam as ruas da favela. Parece que a rua das favelas lhes pertencem e o pedestre não tem vez. É um tanto penoso que as motos nos impõem forçando a nos equilibrar por ali, já que não há quase nenhuma calçada de pedestres.
Logo ao subir vimos um negro de costas com uma grande peixeira. E o aviso que não estávamos em local levemente seguro. Olhamos um para o outro, comentamos o fato e começamos a subir até uma vendinha de mercado já quase no meio da favela. Sentamos na encosta do mercado para observar os moradores no seu sobe -desce cotidiano, bebemos algumas cervejas e decidimos voltar, pois estávamos um pouco cansado de um trilha e decidimos retornar outro dia. Quase chegando à base da favela, depois de avistar a linda orla da ipanema e o degradê entre o mar e o céu, meu amigo decidiu comer algo e sentamos num self- service da favela onde havia muitos gringos. Ali meu amigo se serviu e vimos a mesquinharia da dona em querer cobra a mais por um pedaço de carne que meu amigo pegou.
No segundo dia de favela, já estávamos mais descansados e decididos a subir o morro dois irmãos. Subimos a pé novamente, apesar de haver os mototaxis. Perecemos um alarme e um cara em uma moto, parecia ser um ladrão de motos. Um olhou para outro comentando e seguimos. Chegando ao topo, avistamos o início da trilha com entrada no campo de futebol. Daí chegamos ao topo e contemplamos por um tempo a lida beleza carioca de mar e morros ao redor , a cidade e a favela. Conversamos com uns argentinos e percebemos a chegada de uma atriz numa sessão de fotos.
Ao deixar a trilha, logo abaixo, nos despedimos dos argentinos estes pegaram os mototaxi e seguimos caminho para descer a pé o morro da favela. Percebi adolescente espalhados pelo morro, um com fuzil escondido nas costas e o outros mais abaixo no rádio. Essa parte era a base do tráfico de drogas. Descemos rapidamente com um certo receio de sermos parados comentado o que vimos e continuamos até repetir o nosso ritual da primeira subida: comprar algo para beber e observar os moradores subindo e descendo. Anoiteceu e descemos até chegar na saída do vidiga com o carro da polícia parado em frente da favela fazendo a segurança do morro e garantindo a ordem e a paz do tráfico e a tranquilidade carioca na zona sul.
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