terça-feira, 23 de março de 2021

o mundo cordial transvestido

Os segredos do que existe dentro do homem ficam escondidos. Vivemos num aparente ar de normalidade, a falsa ética chamada assim de realidade. Mas por dentro do ser humano retorce o seu  egoísmo, a raiva o desprezo pelo outro se deixa levar num mundo que ele mesmo deixa se perder, não consegue se controlar.

O homem não semeia das suas virtudes, esquece-se, perdido em meio ao caos e afazeres da vida. Desperdiça a busca pelo seu verdadeiro tesouro.

Esse ar de normalidade de ética que existe entre os homens em sociedade é talvez necessário. Como dizia Moliere através de seus personagens" se expressarmos tudo o que nós sentimos, o mundo seria um caos".  Alguns impactados com a aparência do outro, já haveria um prejulgamento, por exemplo, chamando alguém de gordo ou esquelético. E assim, em defesa do seu próprio ambiente, do seu mundo ideal, uma pessoa xinga a outra por não concordar com atitudes ou comportamento da outra. Se o mundo fosse assim, viveríamos numa eterna guerra. Somos obrigados a viver num ar de cordialidade, apesar da prodridão interna humana. Alguns exaltam o trabalho do amigo, mas por dentro morre de raiva em saber que não é dele e que o outro ganhará mais. Por dentro sua inveja  está dizendo "Que filha da puta!". A inveja está em potência implorando para explodir a qualquer momento como a bomba relógio. Não estamos sendo reais conosco, aprendendo com o outro o que ele conquistou e fez de bom.



Guardamos assim os segredos e através de personagens explicitemos toda  baixeza humana sem dar nome aos bois.

Guardemos os segredos, mas não vamos deixar nossa inveja e egoismo se alimentarem por dentro de nós.






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