sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

função da arte

 Quando vejo uma obra de arte, penso qual a função dela: decoração, ou estética, beleza ou a purificação, a cartarsis da qual os gregos diziam. 

A essência da obra de arte é a sua cartarsis, a mudança profunda na alma daquele que a observa e não o puro entretenimento, um divertimento momentâneo. A obra de arte essencial deve ser universal, já que ela deve atingir a todos o públicos, deve fazer uma mudança interna no ser humano e despertá-lo para um novo mundo desconhecido, aquele espiritual. Essa arte deve unir todas as almas e todos os credos, ela é uma terapia, um despertar em busca da luz no meio das trevas que é nossa abstração do dia a dia, a nossa cegueira. 

Muitas vezes o real nos escapa já que estamos distraídos pelos afazeres de vida e a obra de arte deve trazer-nos para vida e fazer com que nós participemos da vida.

Diferente é uma obra bela sem esse valor, uma obra puramente estética com seu valor meramente decorativo como por exemplo, algumas fotografias, pinturas... Elas muitas vezes são belas e enganam qualquer observador sem uma bagagem, um filtro. Essa beleza não alcança a beleza espiritual, aquela das catedrais góticas, das paisagens naturais...


Se comparamos a música clássica de Bach com o pagode por exemplo. Está muito claro aí o que quero dizer com arte espiritual e arte de entretenimento. Por isso pergunto a mim mesmo que cada uma quer atingir?







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