segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

um dia normal num bairro carioca

 Incomodo-me quando passo pelo meu bairro e vejo tanta desordem e a falta  de educação das. O que pra mim é desolador é no trânsito cuja imprudência reina: carros avançado sinal, carros largados na calçada de pedestres impedindo a passagem, lixo na praça. Á  noite o os canos motos roncando como se fosse uma britadeira ensurdecedora. Tudo num pequeno  bairro residencial de Jacarepaguá.

Começando pelo sábado.  Ao entrar no ônibus  dei bom dia à motorista sem ser respondido, nada de anormal até aí, percebendo a cara amarrada de insatisfeita e que a maioria dos motoristas não respondem a um simples bom dia. De repente no caminho depois de uma freada do ônibus ouço gritos raivosos da motorista na hora em que  emparelhava o ônibus a um carro:

-Vá pro inferno! Vá pro inferno, seu desgraçado! Quer dar uma de machão!?E alguns passageiros comentavam :

-Nossa! essa aí é arretada hein!

E voltava a gritar com ela mesmo:

-Pobre tem que sofrer! tem que sofrer mesmo! Desgraçado! E continuou xingando com uma ira incontrolável até o momento dela se acalmar.

No domingo acordo e vou buscar o jornal numa portaria. Deparo com uma moradora mexendo no seu celular que olha pra mim, ensaio um bom dia e ela volta a olhar pelo celular fingindo não notar-me. Meu bom dia sai quase sem som. Normalmente não dou bom dia para quem não me olha. Muitos fingem que não notar a presença pra não dar bom dia, outros não tem o hábito achando ignorando.

Depois da corrida até a praça já observo o lixo largado pelo chão e logo numa ruazinha uma caminhonete em alta velocidade na contramão. Atravesso a rua e carros e motos avançando. Pra as motos  a regra é  avançar sinal. Entro no Hortifruti para comprar frutas e verduras. Entro na fila e a caixa conversando com a cliente como se não houvesse fila de espera. Tudo numa tranquilidade sem igual.

E assim termina mais um fim de semana, e eu continuo  fingindo a tentar  me encaixar às regras de convivência meu bairro e da cidade. Melhor achar que está tudo normal pra não berrar descontroladamente como a motorista do ônibus e assim a paz reina internamente, tudo na perfeita traquilidade.




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