quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Pé fora do chão

O maior mal dos que pensam pela sociedade e praticam atos em nome dela é o descaso com a realidade que resulta a omissão e talvez uma tragédia. 

É normal escutar promessas políticas e fazer promessas, ver debates de discursos abstratos de nada que ver com a realidade. Os atos de algum político é totalmente idealista, pois estes não pegam trasporte público de massa, não pagam os altos preços, não há necessidade de saneamento em suas residências, não são roubados. Tomam decisões por traz das mesas, escutando assessores ou seguindo próprios interesses.
Do outro lado há os intelectuais, professores de universidades sobretudo, que numa simples aula expositiva, partem da realidade e chegam a um buraco negro sem saída.

Aristóteles já sabia isto muito bem. partia da realidade para chegar ao conceitos. Estes por sua vez dão material para construção de um esquema comparativo. Ele, junto com Voeglin- grande pensador- propunham o estudo das constituições dos países e nele o estudo comparativo entre as nações para chega a um determinador como, o termo médio. O que era bom se aproveitava, o que era ruim nos governos rejeitava. Assim, caminhava as grandes nações. E hoje isto parece  impossível. Parece que vivemos em outro mundo, que o que acontece não acontece. Sentir os pés no chão se torna pressuposto necessário para poder pensar nela. 





quarta-feira, 29 de outubro de 2014

luta entre oposições no Brasil

Há uma verdadeira luta entre oposições. Uma é representada pelos sem cultura que fazem o Brasil uma ilha, uma país atrasado, aquele nacionalista que diz que o Brasil é o melhor país do mundo, o outro por um país avançado que pudesse competir internacionalmente. Há ataques e ataques , e a luta é constante,.

armadillas invisíveis

Muitas vezes somos levado a um caminho e nele embarcamos e  caímos numa armadilha sem saída fácil. Percebo isso quando converso com as pessoas, por exemplo, se alguém me chamar de maluco, logo vou querer discutir com ele tomando isto por verdade, e essa discussões de ofensas pode levar-nos a um caminho sem volta. Ao invés de tomar isto como brincadeira e dar uma gargalhada, ou concordar, levamos o assunto pra frente e daí, entramos no mundo que a outra pessoas nos quer levar.

Pode acontecer isso quando alguém afirma algo e não analisamos exatamente, tomados pela preguiça ou relaxamento, concordando com a ideia, assim caímos no caminho que os outros nos quer levar, até ser analisada por nós e percebemos que já estamos num emaranhado difícil de sair. Num debate, deve-se. portanto, desvendar o discurso do outro para não cair na tal armadilha. Se há um debate acalorado de política e um disser que o mercado de trabalho está está em 4 % de desemprego( uma falácia) o outro concorda e não analise que este dado é manipulado, já perdeu a batalha. Isso foi um fato na disputa da presidência.

E quando alguém grita conosco, nós também somo  levados a gritar. Ou quando nos dão um tapa ou um soco, automaticamente nossa reação sem pensar é acionada, podendo levarnos a atidudes impensadas e a um caminho contrário as ações virtuosas.


A nossa intuição nos leva a um caminho difícil. Um outro exemplo dado por um professor de como somos ludibriados.
Responda rápido à seguinte pergunta:
Uma bola e um taco custam R$1,10
O taco custa um real a mais que a bola
Quanto custa a bola?
Respondeu?
O primeiro resultado que veio à sua cabeça foi 10 centavos, não foi? Agora aproveite para fazer a conta com calma e conferir o erro intuitivo. Se a bola custasse R$0,10, o taco sozinho custaria R$1,10 e os dois juntos custariam R$1,20. Dado que a bola custa X e o taco custa X+1, então 2X+1=1,10. Logo, a bola custa 5 centavos.
Viu como nossa intuição nos engana, se não tivermos atentos ao que acontece ao redor?
Eu, muitas vezes, tenho minha mente trabalhando automaticamente , pois por longos anos ela era e ainda é relaxada. Até na hora de fazer relações lógicas rápidas, ela precisa de um tempo maior. De uma análise mais profunda.  Então , num momento ela se esquece de se alertar quando há uma traição da intuição ou de um caminho em falso. Ela, pois, está sempre tentado relaxar e se esquecer de trabalhar rapidamente. Se alonga e se aprofunda em ideias abstratas, pode contemplar facilmente como agorar e FIlosofar, porém se devaga quando necessita de resolver algo depressa.

Perceber logo essa falha na cosnciência é o que devemos fazer. Está acima da nossa mente, é mostra a verdadeira inteligência.

Desvendar e descobrir a armadilha na hora do discurso, sair dele e dar uma volta até retomar o pensamento e demonstrar ao outro que tudo não passa de uma opinão ou uma falsa visão é uma arte. Talvez a concentração, ailada a meditação possa ajudar um pouco no trabalho de percepção.



segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Modame Bovary

Modame Bovary é um romance daqueles que consegue descrever nossa alma em palavras, algo um tanto difícil, já que muitas vezes as plavras não expressam nossa alma, o que nós realmente sentimos. Quando lemos, parece que estamos assistindo um filme diante da gente. Não é à toa que Flaubert é um escritor e tanto! 

O romance conta a vida de uma mulher camponesa sem recursos e sonhadora que tenta sair de sua condição, casando-se com o médico Carlos, homem de bom coração, trabalhador e excelente pai de família, vivia como dona de casa com seus caprichos. O casamento sem amor  resultou em traições, a vaidade que individou a família levando esta a ruína. Carlos que a amava fazia de tudo para sastisfazer suas vontades que logo cavando sua própria cova. Flaubert demonstra como uma mulher medíocre que. na esperança de encontrar um príncipe encantado, e achar que a felicidade está em outra pessoa, não a encontra e acaba se matando, já que este sonho não consegue ser vivido por ela. Sua emoção é muito maior que a razão e isso leva o fim da personagem. 

No romance há a crítica da ciência com o farmaceutico Homais, um personagem baixíssimo, falso que sempre se dava bem da vida, que achava a ciência a solução para humanidade. Travara discussões calorosas com o padre. Tentavam curas impossíveis como fazer o cego enxergar, o deficiente andar, todas as tentativas sem sucesso. Havia outros personagens como o malandro vendedor Lestbois, que empurrava os produtos para seus clientes, assim Ema torna-se sua vítima, o marcante cego cantor que no final surge cantando uma música que anuncia o suícidio de Ema e outros mais que fizeram o romance uma obra de arte universal da humanidade. Com certeza é um dos melhores romances que já li.

domingo, 26 de outubro de 2014

política e suas faces

Não falar de política nesta época de eleição é sinônimo de superioridade. É assim que a pessoa se sente, com um certo ar de superioridade como aquele que separa os bons dos maus e enxerga o mundo de cima. Sempre escutamos frases de que nada vai mudar, de que todos roubam. Ao falar isto, a política mais baixa já  ganhou. As pessoas tentam fugir ao máximo, mas sem sucesso, pois logo estes efeitos refletem logo lá na frente com ações contrárias vinda do governo e influenciando-nos diretamente na nossa vida. A política, o futebol e a novela nos desvia da atenção ao assuntos essenciais éticos da convivência em sociedade. Quando votam em alguém, preferem votar no seu próprio interesse, como que ganhou do político e o que irá ganhar. Não veem pela população, são individualistas ao extremo.


Barra, Recreio e o caminho

Caminhar por lugares sem vida como a Barra ou Recreio me fazem sentir isolado, sem contato com um mundo exterior. Um lugar deprimente onde só se observa veículos fechados e trancados escondendo quem está lá dentro através dos escuros vidros que tampava toda a forma de vida existente, no máximo se via um chumaço de pele passando em 80 quilômetros por hora no banco da frente..

Parece que só existem máquinas com rodas pra lá e pra cá rondando envolta de mim, e esperando que eu atravesse logo o seu caminho. Cercas de portões me isolavam mais ainda, onde eu que realmente me sentia numa prisão, fora do mundo dele, a pé e caminhando e junto com quem não fazia parte daquele reino.

Quando caminhamos pela Barra, sinto-me voltar à idade média, lembrando passar por àqueles enormes castelos protegidos por muralhas. É claro, não há culpa dos que moram por lá, mas há um sentimento de fuga para longe da miséria e da baixa qualidade  moral, que não enfrentada, torna-se uma arma contra toda a omissão dos que poderiam fazer algo e não fizeram. Quem sofre é a próxima geração, pois os problemas se apresentam já completamente desenvolvidos. Por exemplo, ao escolher um lugar para viver, somo roubados diversas vezes, assim começamos a levantar um muro, instalar câmeras, se isolar. Nos fechamos, mas não por nossa culpa, mas pelo que já existe. Acabamos por sentir numa ilha, fechadas ao nossos filhos, somente com contato com pessoas que vivem a nossa mesma realidade. Isso é uma forma de proteção natural do ser humano. A Barra e o Recreio são lugares como esse. Locais longe de qualquer vestígio de contato humano, um lugar perdido.


Não vejo natureza ao redor, somente prédios e carros. Viver trancafiado soa-me um tanto estranho. Não sei se tivesse dinheiro moraria por lá. As pessoas, em grande parte, foram tratadas separadas do mundo real, como num castelo ou ilha protegida pelo muro do dinheiro. Do carro pra trabalho ou do trabalho pra casa. Vejo o barrista ou o recreista, mesmo com suas diferenças, uma gente desconectada com mundo e seus valores, sem vida. Não se sente nada humano e de alto valor quando encontro com este pessoal passando por mim. Estes lugares são o fiel retrato de um Brasil, dos que não veem o outro, dos emergentes que subiram alguns degraus e se acham donos de um pedaço do mundo.

Sempre fui avesso à estes lugares. Um ambiente que me traz um certo ar de falsidade, de baixeza de um mundo vil. Nos bares os grupos se fecham entre eles, não há presença, não há nada além de nada, e deste nada para mim é que percebo só o que foge dele, é o que realmente é o lugar , tirando, porém, as belezas de Deus, a natureza, este não deixo de absorver e relaxar.  De prazeroso só há a praia, o visual e as cheirosas mulheres, as tais figurantes que completam o cartão postal do que restou o que o homem não pode destruir, as formas da natureza.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Que disparate!

Mudar é sempre uma tarefa tão difícil, talvez até impossível para alguns. Absorver ideias de outro que lhe convém, imitar a maioria ou deixar-se influenciar-se pelos meio de comunicação é, de fato, tomado como verdade irrefutável, que não pode ser contestado a preço nenhum.

 o Ser humano para sobreviver em sociedade precisa de respostas prontas para fatos, as chamadas "verdades". Sem elas sente-se sem existência no mundo real. necessita, pois, de uma opinião formada. E isso quem dá, geralmente são a família, os meios de comunicação ou educação em geral.

Assim, estas certas verdades são carregadas por toda a vida, sem que sejam contestadas, pois o processo de aprendizado sempre é mais simples que o  desaprendizado, pois desfazer o que antes era verdade, torna-se um desespero, dúvida ao outro. Cria-se, assim, uma resistência, um não querer mudar o que já está sossegado, o que já preencheu; há, sobretudo, uma barreira difícil de traspor. E isso é facilmente observado quando percebemos a reação do outro quando não temos nenhuma ideia contrárias. Em efeito, devemos aceitar as ideias e vê-las de cima, como um pássaro, este é o trabalho do filósofo. Analisar os fatos como verdadeiramente se passam, sem preconceitos, sem coleguismo, analisam os pontos contrários da qual a Filosofia oriental já salientava, mostram-se superiores aos demais vendo o que a maioria não via, esta seguida por uma visão parcial do mundo. assim temos o exemplo de Sócrates quando foi sacrificado.

Muitos que não querem aceitar a verdadeira verdade, não querem ver o outro lado, visto que para eles nunca existiu. Quem é ignorante, repudia qualquer outra visão que não seja a sua.  o mestre Olavo de carvalho já dizia que quanto mais burro, mais inteligente se acha. 

Ser flexível para analisar os fatos concretos e não somente ideias abstratas faz parte da investigação sobre o que realmente se passa. Receber uma ideia sem que haja um outro ponto contrário empobrece qualquer debate.. E quando não há debate não há realidade para que se compare os pontos discordantes. 

Por isso, quando alguém  tiver alguma convergência de ideias conosco, não devemos falar  que é contra se alterando sem aceitar a outra visão como parte também da realidade e comparar com a sua visão própria de mundo, e não com a que todos seguem.