terça-feira, 29 de setembro de 2020

resenha "Os sonâmbulos" Huguenau

 Na trilogia dos sonâmbulos, a obra Huguenau traz o estilo consumado de Herman Broch. Nessa obra ele consegue captar o zegeist que rondava o mundo e a Alemanha. 

Arrebatada pelo o espírito militar e o espírito positivista, a Alemanha é levada ao fundo do poço com o nazismo e o holocausto. Broch retrata bem o que se passava no mundo nessa época. Talvez uma analogia a Fausto de Goethe. 

As mentes alemães contaminadas pelo aumento do nacionalismo, a decadência religiosa e filosófica era como o escritor Broch retratava a época em que vivia. Hanna, mulher de um oficial era a própria sonâmbula, uma mulher fria, torpe e não tinha muito apreço por sua família. Antes de casar almejara estabilidade financeira através de um casamento bem sucedida, assim era Alemanha sonâmbula, que no final caminhou para sua morte. 

Esch, um editor de jornal casado, mas sem filhos que vivia na redação de jornal localizada numa casa velha, vivia ali com sua mulher e uma orfã, que o pai era um preso de guerra e mãe morrera. Também era um guru revolucionário de uma seita protestante que exercia sua influência na sociedade através de da influência do general Pasenow, um típico militar durão com ideias ultranacionalistas. Este foi apresentado por Huguenau a Esch para que comprasse o jornal e daí exerce suas ideias nacionalistas, um claro aviso do que iria suceder  logo depois: a Segunda Guerra. No primeiro volume da série, Pasnow era um velho durão, mulherengo, fofoqueiro e ranzinza que tentava exercer sua influência em seus filhos, um típico militar com a mente perigosa, os mesmo militares que abriram caminho para o nazismo.

Huguenaw, personagem principal,  foi quem ajudou na compra do jornal de Esch, um burguês que quer acima de tudo, ganhar de dinheiro de qualquer maneira, sua avidez e ganância fazem com que suba rapidamente de posto, um cara sem nenhuma cultura, mas com excepcionais habilidades para os negócios

Num capítulo á parte, Godick, um ex-pedreiro, entretinha com as enfermeiras e medicos. Ele era soldado ferido de guerra que teve seus membros amputado e que questionava a ciência da época com seus métodos cegos de amputação. Além dos judeus e a menina exército da salvação que eram vistos como outra degradação espiritual em contraste com espírito católico europeu.

Os sonâmbulos é o retrato fiel da  Alemanha no período entre guerras, próximo de começar a segunda guerra, já que o escritor escreveu essa obra um pouco antes de iniciar a segunda guerra. Broch como um grande escritor descreveu com maestria todos os sintomas colaterais que alemanha sofria e sua eminente entrada para uma segunda guerra. A Alemanha que já sofria efeitos devastadores da primeira guerra persistiu no erro entrou numa segunda e só assim depois da tragédia parece que aprendeu. Broch alertou com sua obra máxima o que poderia acontecer.





sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Zegeist

Cada época impoêm suas regras. É como um código de conduta que paira pelas sociedades. Com mundo cada vez mais entrelaçado a influências mundiais. E quem for educado por essas regras já segue incoscientemente sem resistência, com raríssimas exceções. 


O que destoar dessas regras ou comportamento é condenado pela sociedade, pois há uma moral mundial e local.

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

minhas reminiscências...

Fazendo minhas reminiscências lembrei de dois acontecimentos que alertavam de como o mundo triturar  nossos sonhos , o amor e as alegrias. 

Sempre fui muito sonhador, um idealista nato, e sempre gostei de sorrir. Bem, numa certa vez na escola lembro que não parava de rir de uma amigo de turma, um gordinho tão branquelo que a sua alvura dava o contraste com seu cabelo preto e algumas partes rosas da sua pele. Em vez de assistir às aulas, adorava  bagunçar e zoar os amigos de classe, não parava quieto. Tudo que ele fazia, eu ria, não me importava o quê. Acho aquela aparência desse gordinho me fazia lembrar os ratinhos bem branquelinhos como os  de desenho animados, mas estava ali em forma de gente. 

Essas minhas gargalhadas silenciosas que me deixava roxo de tanto rir  da qual ele conseguia me tirar, o incentiva ainda mais arte da baderna. Porém, certo dia ele começou a se incomodar com meu riso. 

-Olha lá, esse moleque não pare de sorrir!Todaa hora ele ri. dizia ele.

E eu que como ele percebia minha timidez, tentava fazer-me o bobo para que os outros pudessem rir de mim. A partir daí  comecei a segurar os risos para que ele não pudesse ver e ele fazer com que eu virasse piada. Quando ele fazia qualquer coisa, eu ia para um canto e me segurava.. E foi assim até o final do ano. 

Outra vez, foi com os meninos do meu prédio na minha adolescência também. Ele era um menino robusto e muito grande. Batia em tudo e em todos, e eu sorria a cada pancada que ele dava nos mais desprotegidos, a reação bruta dele sem piedade e autoritária trasnformava os meninos em bonecos de pano. Lançava os outros garotos longe,mas antes tomavam umas surras pra aquecer. E quando ele percebia meu riso, me pegava e quem apanhava era eu. Eu virava mais um boneco. Começei então a segurar quando ele me caçava com seus olhos. 

Acho que esses dois fatos me lembram a proibição do riso pelas igrejas na Idade média, como retratou Humberto eco em sua Obra "em nome da rosa". O riso incomodava a igreja, já que ela não queria ser alvo de paródia. Assim como os militares, estes detestam o riso, a palavra de ordem é uma tal seriedade fria e seca. Volta e meia os jornais são censurados quando fazem paródias das autoridades ou religiões, como foi o caso do jornal Charles Hebdoo que foi atacado por radicais terroristas. Mataram quase todos os jornalistas por zombarem de alá. 


Nesses dois casos, os meninos no qual se incomodaram com meu riso talvez ele se acharam alvo de chacota e não gostaram. 


Somos condicionados a notícias más, nos incomodamos com um sorriso, com uma gargalhada. Quando alguém vê ou ouve um sorriso, logo se instala a raiva, a inveja que a outra pessoa sorri porque o mundo é feito para nós chorarmos e não sorrir, mas a vida é um sorriso. O riso deve ser imediatamente censurado, não só pela igreja, pelos militares, pelos governos, pelas religiões, mas por toda gente. Assim sorrimos por dentro, calados. Assim eles conseguem abafar o sorriso e afundar as esperanças..


Minhas paixões dizimadas. Ahhh fora muitas.  Na minha juventude estava numa  festinha, tinha reparado uma linda menina. Sua amigo me dissera que ela estava afim de mim. Logo na primeira oportunidade depois de umas cervejas para encorajar e dissipar minha timidez, e  com a mais profunda inocência, influenciado pelas músicas de pagode que eu escutava, disse a ela:

-Seus olhos dizem alguma coisa. 

Pronto. Achando que iria soar bem minha frase poética, o menino bobo caiu de vergonha depois que a menina esperta espalhou para todas suas amigas e a festa. Acabou com todas minhas esperanças. Ali ela me censurou, reprimiu minhas esperanças de dar um beijo nela. Apesar do clichê,  só queria um beijo e conhecê-la melhor e mais nada E ela, ela só queria me sacanear e zombar da minha frase ridícula. Quando eu  encontrava com ela e as amigas, não sabia onde enfiar minha cabeça. Ali já tinha perdido qualquer interesse nela.


Assim é o mundo , ele reprime nossos sonhos, sentimentos risos e fantasias. Ele corta nossas asas. Nossos sonhos limitados por padrão de consumo são exaltados. Nossos risos são proibidos, só a tragédia está totalmente liberada.


Nesses acontecimentos é que eu percebo que aí eram sinais que o mundo se demostrava como ele seria, eu não imaginava. Ele teria por função esfacelar todas esperanças, desviar os caminhos, abstrai-nos da realidade e implantar toda e qualquer preocupação e instalar a cultura do medo.


A nossa luta é contra esse mal. Então vamos sorrir muito e ter muitas esperanças!!!!!











sexta-feira, 11 de setembro de 2020

sentidos...

Volta e meia, sinto uma sensação de que as oportunidades se foram foram. E depois das restrições da covid , todas elas desapareceram completamente, não restando quase nada. Agora sim sinto o tal vazio existencial por aqui, um pouco entediado.. Uma leve sensação de que não faço parte do mundo e que as pessoas não sabem da minha existência, exceto minha família e os velhos amigos que ainda  ora ou outra dão as caras. As amizades estão cada  vez mais longes, os lugares sempre são os mesmos, as pessoas da rua já me são íntimas sem mesmo me conhecer. 

Respirar um ar renovado me faz falta, só assim me encho de energia. No momento ela permanece em quarentena, adormecida...

As sextas...

 Música pela já pela manhã, de preferência o samba carioca, barulhos e mais barulhos caóticos misturados ao motores e buzinas de carros e das irritantes motos de canos estourados com ruídos ensurdecedores,  competiam entre elas quem iria fazer o barulho mais alto. Não é fácil se concentrar em alguma leitura. Mesmo não sabendo o dia da semana, era fácil perceber: a sensação era sempre a mesma às sextas.

 Uma agitação na alma e no corpo, talvez o limite da semana. Todos acelerados.  Aquele que detesta a segunda reza a semana todo para chegar esse ápice. Doidos para se livrarem dos seus trabalhos entendiantes,  procuram um bar para descarregar o enorme penar da semana, como uma terapia; outros se apressam para chegar logo em casa, já que quase não viram suas famílias ao longo da semana, já que o trabalho os consumiam tanto. Queriam merecidamente relaxar e com sol aparecendo,curtir uma praia.

Essa é a largada fim de semana por aqui pelo Pechincha.

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

a símdrome do homem moderno

 As mudanças estão cada vez mais rápidas. A noção de tempo é imperceptível, viver  intensamente cada pedaço dele é raro, sobretudo em diversos lugares do mundo. O tempo do homem que vive em nova york é diferente do índio isolado na américa do sul, ou do oriental isolado nas montanhas. 


O homem muda porque é um único, não há uma heterogenidade , as influências vem de fora, alguns países tentam impor barreiras, controlar  essas influências externas , mas não conseguem por completo, escapa pelas frestas. O mundo cada vez mais globalizado sofre de novos problemas, e grande parte delas vinda através da mídia. Há de fato um controle mundial.


O mercado financeiro é globalizado e isso tem influência direta das nações mundiais que fazer seu comercio exterior. Não são isoladas. Qualquer notícia vai afetar a ordem, a cabeça do homem moderno, nem os índios numa tribo isolada consegue sair totalmente ileso. As pessoas irão  tomar atitudes inspiradas nos acontecimentos: seja inventados ou reais, como saberemos a veracidade dos fatos? 


Se criarem uma pandemia, mesmo que  não seja , e difundirem mundialmente, ela será quase que completamente aceita, dependendo dos interesses dos donos do mundo. Não vamos esquecer que  o mundo está cada vez mais interligado, não há como voltar atrás, mesmo que os conservadores gritem e esperneiem que antes tudo era melhor e que agora há uma destruição dos "valores" ocidentais, o mundo caminha de forma progressiva. Se inventarem uma crise econômica, mesmo que ela seja fakenews, ela será espalhada e terá consequências mundial devastadoras. Não importa.

Sendo verdadeiro ou falsa as notícias irão se espalhar, e a mídia mundial intensifica esse processo, caso ela se faz interessada.


O homem moderno , mesmo alheio ao mundo, inconscientemente é influenciado por essa notícias, antes,  pelos astros, alguns são atingidos pela depressão, outros por mudanças drásticas em sua pysiqué. Esse homem atual baseia suas atitudes nessas ações, diferente do homem antes da idade média, mais livre, seguia sua lei. 

Hoje, a maioria   não percebe que  é  carregado pela mão invisível  e  esta o leva em direção ao destino desejado por essas forças. O homem guerreiro é o que percebe e luta contra poderes talvez diabólicos que afunda o homem e levam ao tal pessimismo. 


Da idade da Pedra até o celular, tudo isso são transformações na cabeça do homem ao longo do tempo. Depois da idade média, o tempo acelera em progressão geométrica.