o ex-prisioneiro depois da liberdade, incia sua caminha pelo bairro X. Ali ele pega a rua principal e pega a calçada tomada por camelôs. Nas barracas se vê desde frutas até bugigangas e produtos de baixa qualidade. Esbarra com a multidão que não cabe na estreita calçada. Decide se livrar e sem destino vira na primeira viela, depois caminha por uma ponte com um rio que cheirava mal, rio onde passava o esgoto. Dali podia ver sofás, garrafas de plástico, o rio era uma lixeira....Logo percebe que se encontra na entrada da favela.
E o homem caminha pela rua das cidades, desniveladas, quase perde o seu equilíbrio, como em cima de uma corda, sente uma estranha que as as pessoas carregam um sensação de medo, de alerta, não existe a percepção de relaxamento, as pessoas seguem 24 horas ligadas. Percebera que as pessoas se assustavam com um simples barulho dos passos ao lado delas.
durante a caminhada pelo bairro se deparou com diversas lojas fechadas, exceto farmácias, mercados, bancos e alguns bares e locais de refeições rápidas, e os pedintes se aproximavam, famílias em situação precária pelas ruas, todos o perseguiam implorando uma esmola. Do outro lado, Lixos acumulados. Todos passam pelas pessoas friamente, quando podiam, fixavam os olhos em seus celulares. A cidade se tornara um purgatório. O medo se instalava, só encontrava se algum sinal de vida em lojas de comida e bares, o bairro está sem alma, sem vigor. Sentia-se preso num ambiente estranho ao seu, aquele ambiente que existira anteriormente, exatamente no mesmo local que caminhava. A luta mental entre as visões poéticas e a real se chocavam, uma caos, era uma a imagem real era degradante, um impacto ,e o homem custava a crer nessa transformação, o despedaçamento de m bairro, de uma cidade. Não acreditava no que via.
Andou até a praia, pediu um coco e refletiu, confrontando o passado e o presente. De repente um idoso se aproxima e fala:
-Hoje tá esquentando..E o homem retruca e aproveita para contar o que guardava, minimizando a realidade:
-Sim, realmente. Nossa! isso aqui mudou muito. Está tudo diferente. E o idoso sem pudor desabafa:
-Mudou pra pior! isso está uma zona! As cidade se degradou e me parece que todos os problemas da cidade se instalaram por aqui. Antes aqui era uma maravilha. Ouvia-se os pássaros, caminhávamos traqnuilamente. Hoje andamos vigilantes com medo de ser assaltado. Fora que está tudo muito caro. O senhor completou com certo pessimismo.
-E será que isso não melhora? o homem perguntou.
-Isso aqui só piora. Esse país não presta!
E o senhor que parecia ser local do bairro disse com rispidez:
-Vou para minha caminhada, tchau!
-Tchau!Bom dia ao senhor
E o homem refletiu como se defender o pessimismo que o queria contaminá-lo. Percebeu que as pessoas carregavam esse sentimento que pesava. Em uma época de penúria ao redor.
PEnsava como lidar com isso e não deixar-se contaminar. ter uma barreira interna. Uma proteção...
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