Em seu livro, a crise du monde modern, Guenon abala o ocidente com seu tom certeiro, esmagando tudo e todos.
Logo nos capítulos iniciais, prova embasado em doutrinas hindus em que situação o ocidente se encontra, a era Kali Yuga, a era de ferro e do declínio da sociedade, já que a era de ouro existiu na Atlântida descrita por Platão. Essa era mais espiritual do homem, teve um término do final do século XII com o declínio da Igreja Católica.
Neste grandioso livro, Guenon, o iniciado em sociedades fechadas, descreve as principais causas de declínio do ocidente. Numa delas comenta sobre falta de espiritualidade deste em comparação ao oriente, criticando ferozmente a materialidade e fé na ciência, como a principal destruidora dos verdadeiros valores tradicionais que foi esquecido. Para ele os males da sociedade advém de certos valores éticos no inconsciente humano que foi destruído ao longo dos séculos. Assim, tenta restaurar e encorajar o homem a busca de volta centro da circunferência donde o homem nunca deveria ter saído. Fala da importância que igreja católica possui e seu árduo trabalho de reconquista de fiés e descreve como a única ter chance de resgatar valores, apesar de manchadas atualmente.
Ao longo da leitura, sua voz confunde-se com os antigos sábios escritores de textos sagrados,prevendo futuro, a partir de suas interpretações simbólicas, tentando, com isso, dar o rumo certo às sociedades.
Guenón foca na perda da espiritualidade do homem, como grande tesouro da sociedade. Em contrapartida vê a crença na ciência estado do homem atual, como fatores responsáveis pelo declínio. Também critica a especialização da sociedade, alerta sobre o perigo da mentalidade em uma sociedade igualitária e ao desprezo da capacidade intelectual. Acreditava, pois, que estamos cada vez mais longe dos valores religiosos, peças chaves que constitui uma religião.
O grande segredo na obra de Guenon é a busca da verdade, o mais valioso tesouro, e esta verdade está encoberta pela ignorância da sociedade moderna que se perdeu faz tempo...
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