terça-feira, 4 de setembro de 2012

voz

A voz interna faz parte do nosso interior, da verdadeira luz, a sagrada. Muito próxima a Deus. Quando a ouvimos temos que segui-la.

O que acontece é que como pensamos duas ou mais vezes antes de falarmos, o consciente já está automatizado a travá-la, fechá-la, prendendo-a num calabouço sem chaves. Esta voz interna esforça-se em querer sair, no entanto vive sob as redeas(o consciente) do mundo moderno, a ideia de Platão em que o charreteiro é a nossa mente, a rédea ,o consciente e o cavalo , o incosciente.

Numa sociedade em que se deve pensar duas vezes antes de uma reação, escutá-la se torna um desafio. Muito mais complicado é saber a hora que reagir de primeira e  de segunda seguinto o seu interior, nossa verdade.


Voltar-se para nós mesmos é uma arte, explicar de forma racional o que se passa conosco e com o mundo é uma virtude nossa herdada por Deus. Decifrar nossos pensamentos  é o que nos faz conhecer. As artes, vindo deste mundo interior do criador, expõe a grandeza do ser humano. O criador da obra se sente carregado por um poder divino de construir um mundo a partir de sua cosmovisão. Torna-se assim, poderoso, dominador do mundo, da realidade. Tão vasta e complexa é a obra humana.

da racionalidade

Reduzir a parte o que é todo é tendencia da racionalidade humana. Tornar mais fácil o complexo. Dos heterogêneos para dar a formação ao homogêneo. Assim que se formam os conceitos, uma longa expicação, ou ideia ou até mesmo expressão dar lugar a uma só palavra. Os grandes escritores e pensadores são considerados assim pela redução de um texto, ou frase, quase que inteiros a uma só expresão ou palavra que traduzem esse mesmo sentido. Issso nos leva a a figura de linguagem metonímia, que é a parte pelo todo. Ao falar que lermos Machado de Assis, temos a ideia de sua obra e não da leitura do ser humano como a de um livro. É notável também quando ouvimos alguém, ao pedir para descer em algum ponto, falar o nome de um lugar:loja, supermercado, estabelecimentos em geral. Reduzindo um trecho a um ponto de referência sem explicar muito. Observamos por aí nossa racionalidade forçada a reduzir, se distanciar do complexo mundo das ideias.