quarta-feira, 25 de julho de 2012
Sonho imigrante
Refletindo certo dia, quando caminhava por uma paisagem desértica: entre cactos, vegetação sem cor dura e fria, opaca e com seus poucos animais, lembrei-me do cenário da travessia entre o México para Estados Unidos. Senti-me na pele dos imigrantes que atravessam a fronteira fronteira, refleti os perigos ao enfrentar a secura do terreno, a luta pela sobrevivência, entre a vida e a morte. A depeito dos latinos da fronteira, o nordestino no Brasil não vive este perigo constante, já que possui liberdade pelo território, no momento em que a seca aperta, migram para o estado que possem familiares ou amigos e lá se arrumam.
Na vida de imigrantes, principalmente, de mexicanos, a travessia soava como tarefa a ser cumprida a qualquer custo. Aquele vazio do cenário desértico mexia com meu lado psicológico de uma maneira tão dura que a busca pelo oásis era uma recompensa valiosa, uma benção de Deus. Chegar do outro lado da fronteira, era como chegar ao paraíso:dinheiro, casa, trabalho e boa vida, era tudo que pensam
Crianças sem pais, famílias inteiras se arriscando em busca de um futuro de uma vida melhor, de sombra e água fresca cujo contraste da aventura perigosa era a fome do deserto, e a truculência e a vigilância pelo policiais daa fronteira.
Nem sempre, na travessia, eram bem sucedidos chegando ao oásis. Muitos manddandos de volta, outros mortos, alguns pegos por traficante e ludibriado por coyotes. Fora, a parcela de imigrantes afetados pela crise mundial. Mas o que me chama mais atenção é a força e a coragem de famílias inteiras enfrentar o perigo, ultrapassar limites quase impossíveis. Esse impulso é que ergue o ser humano ao lugar mais alto. Sabemos sim, que estão infringindo leis "americanas", porém que leis são essas para quem já enfrenta a morte de perto num país tão desigual, em que a violência se torna constante? Que leis irão impedir-nos de lutarmos pela nossa dignidade de viver?Será que vivendo em um país destruído por homem temos que ficar sendo espectadores, já que não podemos mudar sua estrutura política-ideológica?
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