Os relacionamentos hoje em dia são temporários. Dificilmente se vê algo duradouro como nos tempos antigos. No mundo moderno a objetificação da pessoa está entranhada na sociedade de consumo cujo objetivo é ter e não ser. O desejo está entranhado em sociedade. O desejo só existe quando há dificuldade, quando há uma luta para alcançar esse desejo. A mulher quer ser desejada e sabe que para alguém conquistá-la, esta deve dificultar o máximo, pois caso o homem consiga facilmente fisgá-la, ele certamente vai largá-la.
Até que num momento oportuno, depois de cansar o macho, ela aceita, abre o coração e se entrega ao macho, depois das tentativas fracassadas do pretendente. No entanto, envolvido pelo desejos de conquista e logo depois arrefecimento, esse pretendente enjoa, e termina a relação assim como o desejo de consumo.
O desejo de consumo na sociedade por exemplo, quando alguém trabalha duro para ter um carro, por exemplo. Depois de um ano de sua conquista , ele já não quer mais aquele quer em que ele trabalhou por cinco anos sem férias. Aquele desejo que a sociedade criou nele para que assim alcançasse sua felicidade. Depois de alcançada, ele busca outro objeto de desejo até que essa busca é infinita e consome o próprio ser que vê a felicidade no objeto e transporta esse desejo de consumo para relações pessoais, para desejo sexual, onde a mulher vira um objeto de consumo dos homens.
A falta de relações profunda com outro é algo corriqueiro na sociedade de consumo. Relação humanas são objetos descartáveis. O desejo impulsiona a vida. O desejo é perigoso se não controlado. As religiões vem alertando há milhares de anos. O desejo descontrolado é destruidor, causa guerras, brigas intermináveis, ódio...
O mestre Guenon descreveu esse mundo como um mundo da quantidade e não da qualidade. Todos são descartáveis, não importa. Assim como os lixos largados no meio ambiente ao ar livre, é uma imagem da sociedade. Garrafas de vidro, plástico, conteiners, lixo , todos consumidos e largados na terra, contaminando o ambiente onde o homem tira seu alimento. Vivemos nessa sujeirada...