terça-feira, 28 de janeiro de 2020

cidade arrebentada

Já relatei como é minha visão até o centro da cidade de ônibus. E sempre sinto o mesmo quando faço essa viagem. É muito aparente o contrante social do Rio: favelas, prédios luxuosos, florestas verdes montanhosas pela Grajaú Jacarepaguá. Mais a frente a cidade com seus morros e favelas e prédios, tudo muito apertado numa cidade maravilhosa abandonada.

A quantidade de moradores de rio é quase infinita quando se chega ao centro. A cidade se trai quando não olha para dentro de si. Uma multidão deles na avenida Rio branco com seus colchões em meio a um ambiente insalubre. Ao redor, a cidade cheia de lixo pelas ruas. Um terror. E em meio a isso tudo, prédios de empresas bilionárias e do poder público convivem na mais pura harmonia, e passam homens e mulheres com roupas formais.

Em outras avenidas ambulantes fecham o caminho, a calçada dos pedestres. Tudo acontecendo em mais um dia de Rio de Janeiro.

Os desempregados disputam um cantinho para vender seus produtos, como uma propaganda do google, do youtube. Importunam e fazem um caos a paisagem. Os apelos que comprem suas mercadores é incessante.

É um trem fantasma. Um purgatório onde a maioria são mulatos e negros, estes passam sujismundos esfomeados como zumbis pelas ruas em busca de algo que nem mesmo eles sabem. Esperam lá na frente a morte. Vivem como animais onde o desejo é a intuição.

Naquele momento precisava de um ar, uma saída para  respirar, me livrar da miséria dessa cidade, da mentalidade desse povo que vê a vida passar tranquilamente em meio a violência visual, apatia e a passividade. Minha serenidade  busca um alívio,